A obesidade infantil é um problema crescente no Brasil. De acordo com o último estudo da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, cerca de uma em cada três crianças e adolescentes de 5 a 17 anos está acima do peso. Entre os jovens de 12 a 17 anos, esse número é ainda maior, chegando a 38,8%. O estudo também demonstrou que o índice de obesidade aumenta com a idade, sendo mais frequente em adolescentes do que em crianças.
Isso mostra a dura realidade do nosso país, somos o 5° país mais sedentário do Mundo, se os dados são de 2019 esses números podem ser ainda mais alarmantes em 2023. Depois da Pandemia do Covid-19 muitas crianças ainda não retornaram às suas atividades e frente à essa realidade, pouco se fala sobre a promoção de saúde através do Esporte.
Podemos considerar que é um problema multifatorial, resultado de um conjunto de fatores, incluindo estilo de vida, alimentação inadequada, falta de atividade física regular, fatores genéticos, sociais e culturais. O sedentarismo e a alimentação rica em alimentos ultraprocessados são os principais fatores de risco para a obesidade infantil, pecamos na busca de praticidade no nosso dia a dia e acabamos pecando em áreas extremamente importantes para o desenvolvimento das crianças.
E como podemos perceber ou considerar quando uma criança esta dentro desse quadro?
O mais importante antes de tudo, é ter um acompanhamento médico junto ao Pediatra para diagnosticar e traçar estratégias junto a família. Mas em linhas gerais, ocorre quando uma criança pesa acima do peso saudável para sua idade e altura. Essa condição aumenta os riscos de várias doenças e complicações de saúde, tanto durante a infância quanto ao longo da vida.
Alguns dos perigos da obesidade infantil incluem:
- Doenças crônicas: crianças obesas têm um risco maior de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, doenças cardíacas e respiratórias.
- Problemas de saúde mental: Maior risco de problemas emocionais como depressão e ansiedade. Aliás o Brasil é o 1° em ansiedade, somos o país mais ansioso do Mundo.
- Problemas ortopédicos: O excesso de peso pode causar estresse ou sobrecarga nos ossos e articulações, levando a problemas como dor nas costas, artrite e lesões.
- Problemas respiratórios: Crianças obesas têm maior risco de problemas respiratórios como asma, apneia do sono e falta de ar.
- Problemas de desenvolvimento: Pode afetar negativamente o desenvolvimento físico e cognitivo da criança, levando a complicações na escola e na vida social.
- Risco de obesidade na vida adulta: A obesidade infantil é um importante fator de risco para a obesidade na vida adulta, que por sua vez, aumenta o risco de muitas outras doenças crônicas e complicações de saúde.
Portanto, é muito importante tomar medidas para prevenir e tratar a obesidade infantil, incluindo a adoção de uma dieta saudável e equilibrada, estabelecimento de rotinas de atividade física e a promoção de hábitos saudáveis em casa e na escola.
E digo para as famílias e colégios onde atuamos com a Metodologia, queremos fazer do judô um aliado nesse desafio, promovendo saúde com as nossas aulas, criando consciência alimentar com as “missões de saúde” do nosso Programa Pedagógico e transmitindo valores éticos e morais para os nossos alunos.
Judô, esporte, saúde!
